Sou um ser vivo.
Sou um ser vivo externo.
O que é interno em mim está lá.
O que há em mim e que está lá, sempre se modifica.
E tem um tempo de estar e logo de ser.
Meu ser externo tem sempre que se expandir,
Exalar, exprimir, expressar.
Quanto maior a distância
daquilo que me constitui,
mais eu compreendo
minha constituição, minha substância.
A distância possui três faces.
Cresce horizontal e territorialmente no espaço.
Cresce temporalmente.
Meu pensamento compreende
Que a distância cresce no tempoespaço.
O que me separa daquilo que me constitui
é o espaço a percorrer e o tempo a transpor.
Contudo, o tempo possui uma barreira. Imaterial.
A barreira do tempo é a velocidade. Constante.
O tempo é sempre o mesmo em sua caminhada.
Nós é que mudamos.
Constante é a necessidade absoluta de romper minha margem.
Só na montanha posso romper essa delimitação.
Meu corpo ganha a extensão
do tempoespaço.
Se expande, exala, exprime e expressa,
até onde não posso ver, ouvir ou sentir
no tempo e no espaço.
Escrito em: 06/06/2010
Foto: Camila Armas (túnel abaixo do Rio Paraná, Santa Fé - Argentina)
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